Imagine...

5 de fevereiro de 2008

Vintage Vespas in Vintage Douro

Slow Travel is also gaining traction in other countries. “The global affliction of the hurry virus has afflicted every corner of the planet,” says Carl Honoré, the London-based author of In Praise of Slowness: Challenging the Cult of Speed.

[Time Magazine, 25 Sep. 2006]

Parece que o slow travel está na moda. E ainda bem porque talvez seja a melhor forma de "dar um pontapé" no stress que se vai acumulando ao longo de dias e dias de entediante rotina que a sociedade vai impondo e que nós, inconscientemente, acabamos por incorporar no nosso estilo de vida. Esta sui generis forma de viajar é, fazendo uso de um velho cliché que nos diz que tudo na vida tem um remédio, uma solução para eliminar dos nossos momentos de lazer a tão incómoda pressa que nos acelera no dia-a-dia, permitindo ao mesmo tempo tirar o máximo partido dos sítios e pessoas fantásticas com que nos vamos cruzando à velocidade de "não interessa Kms/h".
E a Vespa é, sem sombra de dúvida, um veículo incrivelmente bem adaptado a este tipo de turismo.


Tendo percebido isto, o Vespalíadas tem desafiado o culto da velocidade e vivido momentos verdadeiramente gratificantes, quer quando se aventura em terras além fronteiras, quer quando "vai para fora cá dentro". Procurar conhecer terras e culturas diferentes é, qualquer pessoa o dirá, uma das coisas mais interessantes que podemos fazer, mas para isso não temos necessariamente que sair de Portugal. Existem muitos cantinhos do nosso país à espera da nossa visita para nos oferecerem o que de melhor tem a alma lusa.

Aqui ficam alguns dos melhores momentos vividos durante a nossa última visita ao Douro.



É incrível mas surgem sempre imprevistos e vivem-se momentos extraordinários que acabam por ficar na memória e dão o mote para umas boas gargalhadas ao longo de muito tempo. Desta incursão pelo Douro jamais serão esquecidos o banco da nossa Sprint de 2 janelas que se partiu no IC2 logo à saída de coimbra e a quinta de S. José em Lamego onde nos tornamos íntimos dos mundialmente conhecidos produtos Herba Life. "Proporcionar uma boa alimentação para o mundo" é o slogan que nos foi repetido incessantemente pelo anfitreão desta simpática quinta com vista para o Douro. Até nos sentimos inspirados a começar um negócio no ramo dada a qualidade da formação em venda e markting da coisa que, verdade seja dita, não era tão atractiva como as restantes guloseimas que nos foram servidas ao pequeno alomoço. Ainda assim, vale a pena procurar esta encosta de Lamego e perguntar onde mora o Sr. Herba Life (eheheheh)... o preço é muito bom, o serviço melhor ainda e para além disso enfrentamos o motivante desafio que é resistir às palavras que nos são marteladas na consciência vezes sem fim: "Herba Life, Herba Life, Herba Life...".

Quanto às paisagens, estas são verdadeiramente deslumbrantes logo a partir de Lamego. Daí, seguimos para o Peso da Régua onde pudemos ver os barcos a cruzar a eclusa da barragem e as camionetas que circulam incessantemente com as uvas acabadas de colher. Até ao Pinhão foi um saltinho e logo descobrimos o Sr. José, dono do bar "Balseiros", plantado mesmo mesmo à beirinha do rio. Depois de uns cálices de "moscatel de Favaios" a animar dois dedos de conversa, descobrimos que este simpático personagem era proprietário de uma VB1T de 58 que no fim de semana seguinte já estaria no seio do Vespalíadas. Uma verdadeira relíquia à espera que os nossos Cobóis lhe ponham as mãos e lhe devolvam o glamour dos tempos de La Dolce Vita.

À noite chegaríamos a Vila Nova de Foz Côa onde imediatamente nos misturámos entre as gentes locais enquanto aguardávamos o Sr. Tem Tudo que,
desafiado pelos insistentes apelos do grupo, tinha saído de Coimbra havia umas horitas. Com o Vespalíadas já completo seguímos para Vila Flor numa viagem nocturna onde se temia pela Sprint Veloce com o quadro rachado... Seria ali que ele ia finalmente partir? É claro que não, assegurava o nosso técnico! Não restem portanto dúvidas acerca da fiabilidade destas "máquinas ferozes".

Finalmente chegámos a Vila Flor onde a primeira preocupação foi encontrar um local para passar a noite. Desta vez convinha que fosse no campismo para dar uso às tendas que carregámos durante todo o caminho, duas delas a estrear. Quem também se estreou a dormir debaixo das estrelas foi o nosso amigo Cacá, o que aliás foi notório... não tardou até que os poucos "habitantes do parque" começassem a reclamar da algazarra que este nosso amigo se empenhava em promover. Sanada a questão, foi só rapar frio até de manhã. E que frio!
Mas antes da montagem das tendas, para a qual quase foi preciso um manual de instruções, rumámos em direcção à vila para saciar o "ratinho" que começava a manifestar-se entre o grupo. Não foi fácil encontrar quem nos tapasse o "buraco" devido ao adiantado da hora mas graças à amabilidade das gentes locais lá encontrámos "O Rato" onde o "bacano" do dono que já estava um bocadito alegre nos serviu uma travessa de batatas que dava para um batalhão. Foi uma paródia com tantas "estórias do arco da velha".

Logo pela manhã, depois de tomado o pequeno almoço no centro da vila, rumámos novamente em direcção a casa. É de assinalar a estrada fantástica que liga Vila Flor ao IPqualquer coisa que segue para o Pocinho! Cada "curvassa" que os "vespeiros" ficaram doidinhos... era ver quem andava mais depressa e foi preciso o photo finish para decidir entre a Px do Cobói e a GTR com botox do Tem Tudo.

É de assinalar ainda a passagem pelo Museu do Pão em Seia e a partida pregada a uns "meninos espertos" que vieram a "torrar" as suas vespas durante uns 25Kms sempre na ânsia de apanharem as duas Sprints que se tinham escondido...

Este passeio foi assim, o próximo será muito melhor! Venha ele!

1 comentário:

Caracolinha disse...

Olá grande jb ... :)

Antes de mais muito obrigada pelo delicioso comentário solidário ... a casca já está quase intacta e a Vespa vou buscá-la este fim de semana ... não ficou muito amassada mas é como dizes, ver as nossas meninas com um arranhão é logo uma dor na alma !!!!

Não vejo a hora de voltar a andar nela ... só quem anda é que sabe que não há veículo no mundo igual ... Vespa é Vespa e eu da minha não me separo nem um dia ... ando todos os dias com ela para todo o lado !!!!

Uma beijoca encaracolada e SAUDAÇÕES VESPISTAS pois claro !!!!

V
E
S
P
A

FOREVER ... :)


Memorável... A maior aventura do Vespalíadas em colaboração com todas as pessoas que tornaram possível mais um pequeno passo na luta contra o cancro. Muito obrigado a todos!